11º | Dia
Começamos muito mal o dia que nada podia dar errado, pois o tempo era nosso inimigo. O primeiro carro que teve a gentileza de parar para pessoas desajeitadas como nós foi um adesivado da Justiça Federal, mas o cara além de não ter ligação nenhuma com a justiça era um desses pilantras que fazem lotação com suas placas cinza. Então de pilantra para pilantra consegui cinqüenta por cento de desconto e nossa única escolha foi pagar a quantia de R$ 5,00. O ponto positivo dessa parte da estória meus amigos é que ele nos deixou em Goiana/PE que é a metade do caminho entre João Pessoa e Recife. Então além de uma saborosa economia de dinheiro estávamos recuperando o tempo perdido no inicio da manhã e deixando para trás muitas milhas.
Despejados na BR-101 sem Carol o nosso amuleto da sorte talvez fosse uma missão mais difícil chamar a atenção dos transeuntes com volante. Mas nossa cara de carona e minhas camisas com listras e quadrados cativaram Eduardo, um jovem caminhoneiro que transportava areia branca para Recife. Eduardo é um recifense contador de estórias engraçadas e muito conversador. E no dia em que nada podia dar errado ouvimos da boca daquele jovem caminhoneiro uma remota possibilidade que surpreendeu todos os nossos planos até aquele momento. Ele estava indo deixar aquelas toneladas de areia branca em uma fábrica de cimento e disse que de lá poderia conseguir para a gente uma carona até Maceió ou até Aracajú se possível. Então nem a fome e nem a forte chuva nos abateu naquele momento. Eduardo criou uma estória bonita para contar ao porteiro da fábrica de cimentos e essa mesma estória seria a responsável pela nossa
carona até a terra do mosh ou a terra do beta-caroteno. Ele se tornara o irmão de Ingrid e eu o marido dela. Ficamos esperando notícias debaixo de lonas furadas em uma barraquinha de madeira, tipo essas quitandas de beira de estrada. Mastigando paçoquinhas e todo molhados esperamos pouquinho até sermos chamados pelo porteiro que nos direcionou a um caminhão azul escuro.
O caminhão azul escuro era dirigido por José, o estranho. José não conversava, ele não queria conversar e passamos boa parte do caminho com a boca fechada. Aos poucos ele ia falando palavras calculadas, ele queria arrancar algo de nós e logo percebemos que ele estava com medo por não nos conhecer. Só havia deixado à gente entrar no caminhão, pois foi um pedido do porteiro da fábrica que havia dito para ele que iríamos ficar em uma usina de cana-de-açúcar no meio de Alagoas, perto de Maceió. Para não sujarmos a barra de Eduardo, recontamos a estória e com o tempo fomos ganhando a confiança de José que apesar das poucas palavras foi se soltando um pouco. Ele ia nos despejar na BR, pertinho de Maceió, mas com um pouco de diálogo ele resolve nos levar adiante e ganhamos passagem gratuita com visão panorâmica do Pernambuco até Sergipe. Paisagens muito verdes enchiam nossa visão, canaviais, montes e cidades do interior alagoense. Depois a impressionante divisa entre Alagoas e Sergipe sobre a quilométrica ponte sobre o colossal Rio São Francisco. Uma alegria enorme havia tomado de conta e paramos em um posto de gasolina. Macaxeira cozida foi nossa refeição que serviu para três turnos.
Alguns minutos depois, após catarmos dois ônibus coletivos chegamos repentinamente à casa de Ivo Delmondes em Aracajú. Parecia difícil acreditar que havíamos percorrido tantos quilômetros em um só dia de carona. Havia sido nosso recorde. 685 quilômetros em um dia que fomos servidos com um prato cheio de surpresas.
No dia que tudo deu mais certo do que poderia ganhamos abraços apertados de Ivo e Dani, reencontro mais do que super esperado. E já não bastava de tanta surpresa chegam Breno o Maníaco, Alex o forte e Luiz o cheiroso para finalizar aquele brilhante dia com muito rock e Nofx de cabo a rabo. Alex tocou e cantou todas as músicas do Nofx que ousamos lembrar. Depois de amenizadas as saudades com muita conversa e notas musicais, fomos dormir já depois das quatro da madrugada.
11 comentários:
Essa sua blusa aí não é muito PRESENÇA pra pedir carona não, foi sorte. Hahahaha.
Ah, sua camisa do Deadfunnydays ficou aqui e a do Jäzzus em João Pessoa, cuidado pra não ficar sem roupa no final da viagem. Hahahaha.
maaaassomi...quero ler logo o restante dessa estadia em aracaju(sem acento por favor!) hehehe
saudades docês!!
x)
yuri
UAUUUUUUUUUUUU!!!! :D
que saga bonita, caras.
continuem postando.
beijo, pedro.
beijo, ingrid.
breno, o maníaco. =P
Meu irmão tá massa o blog, quero ler o livro também, boa sorte nessas andanças e que Deus os acompanhe.
(ups!)
"Post pequeno, se esforce mais da próxima vez".
Falta concentracao, parece. No que você anda pensando, Pedraco? hahahahahahahahahah
Mas ó, acompanhando aqui o "Curtindo uma Viagem" detodasasformas.
Sorte na estrada! O Universo os favorece!
Estorinhas de Salvador? Eu queroooo. Porra vcs ja estao em Brasília, quero pegar carona tbm, pqp. Vcs são foda!
Mas voltem pelo amor de JAH!
BJOOOOOOOOOOS!
vamos atualizar aêêêêê! :)
Vamosssssssssssssssssssss
Atualizarrrrrrrrrrrrr
aênnnnnnnnnnnnnnn
hahahahahhahaha
eh isclivisssssssssssssssssssssss
=********************
Postar um comentário